Subiu a cortina

Caro leitor,

Seja bem vindo ao mundo das cordas, madeiras e metais. Aqui você encontrará minhas impressões sobre diversos concertos de música erudita realizados na cidade do Rio de Janeiro. Também compartilhará dos meus devaneios sobre o mundo dos clássicos e algumas dicas de programas, filmes e discos. Só peço a cortesia de fazerem silêncio durante o concerto (e nada de ficar desembrulhando balinhas). Obrigada!

domingo, 4 de novembro de 2012

Carta a João Daltro de Almeida sobre o seu livro "O velho e o lago azul"

20.IX.2011 Caro "Velho", Eu queria ter retornado antes, mas sou uma leitora lenta. No entanto, não posso deixar de cumprimentá-lo pelo seu livro. Acabo de terminá-lo e fico muito feliz de você ter decidido publicá-lo e não queimá-lo para se dedicar aos cachorros e à casa da praia hihihi... Fiquei fascinada com a Lapa dos malandros, comovida com a dor de uma mãe que perde o seu filho, encabulada ao lembrar de certos muros que se ergueram em meu caminho, aguei por um rolete, tive medo da tempestade divina, me diverti com as histórias de A.H. (estou morrendo de curiosidade para saber de quem se trata) e estou louca para encontrar uma gravação de Candomblé do Maestro José Siqueira. Adorei dar uma espiadinha no mundo das orquestras que tanto me fascinam. Meu orgulho pela OSTM está redobrado depois do seu relato e minha admiração por certos profissionais respaldado. Para quem acompanhou a crise da OSB desde o início deste ano, ler os relatos da sua história traz ao mesmo tempo um grande orgulho e profunda tristeza. O orgulho é pelo que ela já representou nesta cidade e neste pais e elucida um pouco o porquê do grande amor que os músicos sentiam por ela. A tristeza por entender um pouco melhor o tamanho do golpe que esses artistas sofreram e o quão sem sentido é esse projeto pela "busca da excelência". Os mesmos vilões que tomam o mundo da Cultura de assalto (adoraria que você os tivesse dedurado), hoje também estão na Ciência, na Comunicação e na Tecnologia. A busca excessiva pelo lucro ainda mostrará que é o caminho mais custoso a ser percorrido. Compartilho do seu quesitonamento: até quando? Acima de tudo, fico tocada pela dedicação, carinho e amizade que existe no casal da casa da praia. Tamanho encantamento pela amada certamente é merecido e recíproco. Em uma época que o egoísmo e a auto-promoção estão em voga, não há nada mais inspirador do que uma bela história de amor. forte abraço e mais uma vez obrigada pelo presente. Amanda PS- Nunca tive tanta vontade de ir à Araruama rssss...

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